Indicações REAIS de cesárea e mitos
Foto: Ferny Rivera |
Importante salientar que o movimento de humanizando do parto não é contra a cesárea, sendo esta uma cirurgia que salva vidas, mas é necessário haja uma indicação REAL para esse procedimento.
O trabalho de parto é o principal indicativo de que o bebê está pronto ou maduro para viver fora do útero, indicando um amadurecimento dos pulmões. Na maioria dos casos a cesária acontece sem que a mulher tenha entrado em trabalho de parto, como no caso da cesárea eletiva (sem indicação).
Como consequência temos o aumento de prematuridade, maior chances do bebê ter complicações respiratórias, aumento de internação em UTI neonatal e morte neonatal. Para a mãe existe maior risco de hemorragias e infecções, possíveis dificuldades a longo prazo com amamentação e relação mãe-bebê dificultada.
Mas existem casos que a cesárea é necessária e as evidências científicas indicam quais são eles:
Indicações reais com avaliação individual:
Fonte: Casa da doula
Desproporção cefalopélvica (DCP): Quando a cabeça do bebê é desproporcional a pelve da mãe. Só pode ser diagnosticada intraparto no final da dilatação, baseado nos dados de evolução do trabalho de parto registrados no partograma.
Frequência cardíaca fetal não-tranquilizadora: Quando os batimentos cardíacos do bebê estão muito acima ou muito abaixo do esperado em trabalho de parto. A parturiente pode experimentar mudar de posição e a equipe médica deve analisar criteriosamente se a cesárea realmente se faz necessária.
Falha na progressão do trabalho de parto: Pode ser diagnosticada em trabalho de parto ativo quando a dilatação não progride como esperado depois de horas, baseado nos dados de evolução do trabalho de parto registrados no partograma. A verdadeira causa da falha de progressão geralmente é desconhecida, mas se dá por contrações uterinas não eficientes e desproporção cefalopélvica, se o parto não ocorrer normalmente com administração de ocitocina sintética ou rompimento artificial da bolsa, pode-se tentar corrigir a posição da cabeça do bebê com alguns exercícios com ajuda da Doula ou de um(uma) fisioterapeuta, se mesmo assim o trabalho de parto não progredir a cesárea se faz opção.
Duas ou mais cesáreas anteriores: A gestante deve ser informada na gestação sobre os riscos e benefícios de um parto natural após cesárea ou de uma nova cirurgia. Os riscos de ser ter um parto natural após cesárea geralmente são menores do que uma nova cirurgia.
HIV/Aids: A cesariana eletiva é indicada se a gestante tiver HIV + a contagem de CD4 baixa ou desconhecida e/ou carga viral acima de 1.000 cópias ou desconhecida); em franco trabalho de parto e se a bolsa romper, deve ser discutido caso a caso.
Frequência cardíaca fetal não-tranquilizadora: Quando os batimentos cardíacos do bebê estão muito acima ou muito abaixo do esperado em trabalho de parto. A parturiente pode experimentar mudar de posição e a equipe médica deve analisar criteriosamente se a cesárea realmente se faz necessária.
Falha na progressão do trabalho de parto: Pode ser diagnosticada em trabalho de parto ativo quando a dilatação não progride como esperado depois de horas, baseado nos dados de evolução do trabalho de parto registrados no partograma. A verdadeira causa da falha de progressão geralmente é desconhecida, mas se dá por contrações uterinas não eficientes e desproporção cefalopélvica, se o parto não ocorrer normalmente com administração de ocitocina sintética ou rompimento artificial da bolsa, pode-se tentar corrigir a posição da cabeça do bebê com alguns exercícios com ajuda da Doula ou de um(uma) fisioterapeuta, se mesmo assim o trabalho de parto não progredir a cesárea se faz opção.
Situações especiais
Bebê pélvico: Quando o bebê está sentado dentro do útero. Se a gestante assim desejar, a partir de 36 semanas pode ser realizada a versão cefálica externa, caso a versão não seja bem-sucedida, equipe e gestante devem discutir os riscos e benefícios de um parto pélvico levando em consideração a experiência da equipe médica em atender essa variabilidade de parto e o desejo da gestante.Duas ou mais cesáreas anteriores: A gestante deve ser informada na gestação sobre os riscos e benefícios de um parto natural após cesárea ou de uma nova cirurgia. Os riscos de ser ter um parto natural após cesárea geralmente são menores do que uma nova cirurgia.
HIV/Aids: A cesariana eletiva é indicada se a gestante tiver HIV + a contagem de CD4 baixa ou desconhecida e/ou carga viral acima de 1.000 cópias ou desconhecida); em franco trabalho de parto e se a bolsa romper, deve ser discutido caso a caso.
Para saber mais:
"Diretrizes de atenção à gestante: a operação cesariana" (2016): diretrizes nacionais do Ministério Público em parceria de outras instituições sobre cesarianas. Documento importantíssimo para se embasar e contestar falsas indicações de cesáreas com base científica, legítima e nacional.
Cesarianas desnecessárias: causas, conseqüências e estratégias para sua redução.
Essa pesquisa realizada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz traz hipóteses sobre a construção da decisão por cesariana como via de parto ao longo da gestação.
Os autores Anível Faúndes e José Guilherme Cecatti fazem uma análise sobre a situação da cesariana no Brasil e a partir de dados disponíveis a nível nacional relevam que essa tendência tem diferenças sócio-econômicas e regionais, com maior incidência entre mulheres mais favorecidas economicamente.
Condições frequentemente associadas com cesariana, sem respaldo científico.
A partir de uma vasta literatura científica e evidências os autores apresentam condições que não tem indicação absoluta de cesariana, ou seja, o parto vaginal deveria ser preferido. Tais situações são:
- doença cardiovascular
- diabetes
- pré-eclâmpsia
- câncer ovariano e cervical
- gestação após transplante hepático
- oligo-hidrâmnio
- rotura prematura das membranas
- circular de cordão
- gestação prolongada
- malformações congênitas
- macrossomia fetal
- fetos prematuros em apresentação cefálica ou pélvica, pequenos para idade gestacional, baixo peso ao nascer
- envelhecimento placentário precoce
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